quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Assim como o vento, vem e vão!

Que o futebol brasileiro, mais precisamente fora de campo, nunca foi uma maravilha todos nós já sabemos. E o que é pior, fica mais evidente que com o passar do tempo não se vê nenhuma evolução para melhorar isso. Baseado nisso, clubes demitem os técnicos a revelia, tenha ele experiência ou não. Com tempo para desenvolver um novo trabalho ou não. Assim como o vento, os técnicos vem e vão.

O Internacional, anunciou no dia 12 de Julho, Paulo Roberto Falcão como técnico da equipe, a terceira passagem dele pelo clube gaúcho.


Eis que 29 dias depois de iniciar sua segunda passagem pelo gigante das margens do lago Guaíba, ele é demitido. 


Falcão chegou com o Inter beirando a lanterna do campeonato brasileiro, o clube já não vencia há 6 jogos. O técnico não teve de fato o tempo necessário para treinar a equipe e não recebeu os reforços que a diretoria prometeu na sua apresentação. Nessa segunda passagem foram 5 jogos (2 empates e 3 derrotas) e se despediu com o clube na 13ª posição, e com 11 jogos sem vencer.

Falcão é ídolo do Inter, fato!

Na primeira passagem como técnico do clube em 1993 não teve muito sucesso. Voltou em 2001 e na segunda passagem conquistou o campeonato gaúcho sobre o rival, mesmo que não tenha sido uma campanha de encher os olhos, ganhou. Depois foi demitido após um mal começo no brasileiro. Voltou a treinar no ano seguinte o Bahia e também conquistou o estadual, após um mal inicio no brasileiro, foi demitido. Ficou um tempo fora do futebol e voltou em 2015 para treinar o Sport-PE, com a boa campanha no brasileiro foi mantido para 2016, mas não foi bem no clube pernambucano e acabou demitido após eliminações da Copa do Nordeste para o Campinense e do estadual para o Santa Cruz.

Falcão é elogiado por todos do meio, pela sua postura, inteligência, ética e profissionalismo e como se diz na gíria do futebol, é muito "gente boa". Acho que por isso se torce tanto para que ele dê certo no futebol. Na verdade espera-se que ele seja o que foi dentro de campo, mas falta entender que com raríssimas exceções isso acontece.

O que não se pode conceber é que um profissional seja avaliado após um trabalho de 5 jogos. Um contrato que inicialmente fora assinado para durar 12 meses, não tenha passado de 1 mês.

Com isso fica claro o quão pode ser traumática a gestão de um clube que, tenta arrumar uma solução para os resultados ruins dentro de campo, mas não enxerga que primeiro precisa se estruturar internamente.

Como há muito tempo venho falando, o grande problema do futebol brasileiro esta dentro de campo e não fora dele.

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