
Poucas vezes houve uma Taça Libertadores com cara tão brasileira. Se nossos clubes já eram favoritos antes, ficaram ainda mais após a inacreditável eliminação do Boca Juniors ontem à noite, em plena Bombonera, como sempre super-lotada, diante do uruguaio Defensor. O gol de Diego de Souza pôs fim a um ciclo de vitórias do Boca. Claro, ano passado o time não ganhou a Libertadores, mas chegou às semifinais, caindo diante do Fluminense no Maracanã, numa partida magnífica. Esse ano, no entanto, o Boca faz um papel ridículo no Clausura-2009 - é 16º colocado e não tem chance de ser campeão - e, após jogos sofríveis na primeira fase, não conseguiu passar pelas oitavasO Diário Olé decreta o fim de um ciclo. E a renovação precisa mesmo ser feita. O Boca precisa virar a página. Esse time deu muito, mas, infelizmente, não tem mais nada a oferecer. Ano passado mesmo, ganhou o Apertura-2008 no saldo de gols - perdeu o jogo final para o Tigres. Carlos Ischia, enrolado e sem carisma com o torcedor, deve ficar sem emprego. Carlos Bianchi, seu padrinho, tentará mantê-lo, mas o que dirigentes e torcedores querem é que ele volte ao comando do time. Outra decisão velha: Bianchi é vencedor, mas perdeu o bonde da história.
É preciso uma faxina, a partir de garotos já testados e aprovados, como Juan Forlin, Facundo Roncaglia, Pablo Mouche, Cristian Chavez e Ricardo Noir. O hincha de Boca não aguenta mais as lesões de Ibarra, espera sentado pela volta à boa forma de Morel Rodriguez, que levou um passeio ontem, pela modernização de Vargas, pelo despertar de Riquelme, pela regularidade do ídolo Palermo e pelo adeus de Palacio, que há anos só pensa em sair, mas está sempre ficando sem ali querer estar.
Enfim, o gol de Diego de Souza só mostrou o que era óbvio. Aquele time do Boca não existe mais.
Fonte: Lédio Carmona
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