O jornalismo brasileiro e principalmente o esportivo perde um de seus grandes nomes, faleceu hoje Armando Nogueira, 83 anos e com passagens pelos principais veículos da imprensa nacional como a extinta Revista Manchete, foi também o criador do Jornal Nacional e do Globo Repórter ambos da Rede Globo.
Mesmo com todos esses serviços prestados, envolveu-se em uma rumorosa polêmica em 1989, dentro da própria Globo. No segundo turno das eleições presidenciais daquele ano, a emissora promoveu um debate entre os candidatos Fernando Collor e LULA. No compacto do evento, que foi exibido no dia seguinte de sua transmissão no Jornal Nacional, houve uma edição que favoreceu claramente o candidato Collor, que desde o início foi apoiado - direta ou indiretamente - pelas empresas deRoberto Marinho.
Na qualidade de diretor de jornalismo, Armando foi pessoalmente a Roberto e fez duras críticas à sua postura e a dos funcionários que realizaram aquela edição, dizendo que não compactuava com aquilo. Por causa disso, acabou aposentado pela alta cúpula e desligou-se da emissora definitivamente no ano seguinte. Passou, então, a se dedicar integralmente ao jornalismo esportivo.*
Armando Nogueira foi um jornalista de uma inteligência e visão excelentes, dono de um estilo original e elegante, que foge dos lugares comuns que proliferam na crônica esportiva. Pode-se dizer que fez escola, pois vários repórteres esportivos tentam imitá-lo. Escrevendo chegava a ser poético principalmente quando falava de grandes craques do futebol como Pelé, Maradona, Beckenbauer e Guarrincha.
Esteve presente em todas as Copas do Mundo desde 1954 e nos Jogos Olimpicos desde 1980.
Algumas frases dele:
Sobre futebol e caráter: "O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela".
Mesmo com todos esses serviços prestados, envolveu-se em uma rumorosa polêmica em 1989, dentro da própria Globo. No segundo turno das eleições presidenciais daquele ano, a emissora promoveu um debate entre os candidatos Fernando Collor e LULA. No compacto do evento, que foi exibido no dia seguinte de sua transmissão no Jornal Nacional, houve uma edição que favoreceu claramente o candidato Collor, que desde o início foi apoiado - direta ou indiretamente - pelas empresas deRoberto Marinho.
Na qualidade de diretor de jornalismo, Armando foi pessoalmente a Roberto e fez duras críticas à sua postura e a dos funcionários que realizaram aquela edição, dizendo que não compactuava com aquilo. Por causa disso, acabou aposentado pela alta cúpula e desligou-se da emissora definitivamente no ano seguinte. Passou, então, a se dedicar integralmente ao jornalismo esportivo.*
Armando Nogueira foi um jornalista de uma inteligência e visão excelentes, dono de um estilo original e elegante, que foge dos lugares comuns que proliferam na crônica esportiva. Pode-se dizer que fez escola, pois vários repórteres esportivos tentam imitá-lo. Escrevendo chegava a ser poético principalmente quando falava de grandes craques do futebol como Pelé, Maradona, Beckenbauer e Guarrincha.
Esteve presente em todas as Copas do Mundo desde 1954 e nos Jogos Olimpicos desde 1980.
Algumas frases dele:
Sobre futebol e caráter: "O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela".
Sobre a vitória na Copa de 1970: "Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes".
Sobre Garrincha e sua habilidade para driblar: "Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifundio".
Sobre Pelé: "Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."
Sobre habilidade: "No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."
Sobre os cartolas do futebol: "Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"
Sobre Zico: "A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol."
Sobre o gol: “Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."
Armando Nogueira também escreveu vários livros, o último deles foi O jogo e a ginga. Um bate-bola apaixonante do escritor com o seu leitor. Os 78 textos apresentados no livro, transcendem o ofício do cronista esportivo. São pequenas confissões, comentários críticos, histórias curiosas e divertidas. É a verve do jornalista que se tornou uma referência neste universo de saques, dribles, toques e pênaltis. O fascínio de 14 Copas do Mundo, a raça do torcedor, a disputa dos clubes, a grandiosidade das Olimpíadas.
Sentiremos saudades. A filial da Academia Brasileira de Letras lá no céu recebe mais um ilustre imortal.
Sobre Garrincha e sua habilidade para driblar: "Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifundio".
Sobre Pelé: "Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."
Sobre habilidade: "No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."
Sobre os cartolas do futebol: "Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"
Sobre Zico: "A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol."
Sobre o gol: “Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."
Armando Nogueira também escreveu vários livros, o último deles foi O jogo e a ginga. Um bate-bola apaixonante do escritor com o seu leitor. Os 78 textos apresentados no livro, transcendem o ofício do cronista esportivo. São pequenas confissões, comentários críticos, histórias curiosas e divertidas. É a verve do jornalista que se tornou uma referência neste universo de saques, dribles, toques e pênaltis. O fascínio de 14 Copas do Mundo, a raça do torcedor, a disputa dos clubes, a grandiosidade das Olimpíadas.
Sentiremos saudades. A filial da Academia Brasileira de Letras lá no céu recebe mais um ilustre imortal.
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